terça-feira, 14 de agosto de 2012

MATIAS CORCINO FREIRE

Filho do velho Chico Corcino, pai, avô, bisavô, homem íntegro, simples, de valores sólidos, e, como ele mesmo costumava dizer, um homem de bem. Seguia à risca aquela velha regrinha de ouro: Fazer o bem sem olhar a quem. E foi assim que ele nos criou, nos ensinou antes de tudo amar, amar aos irmãos, amar a família, amar os amigos, aos seres humanos como a nós mesmos. Do jeito que Jesus ensina.
Podemos dizer que as principais características de nosso pai eram: a bondade e generosidade, a tolerância e a retidão de caráter. A bondade só é realmente entendida, quando mesmo errando continuamos fazendo o bem, pois era assim nosso pai, com sua simplicidade conseguiu nos mostrar de forma prática e direta qual o caminho que devemos seguir.
Repartir o que temos, com quem tem menos que nós, compreender que, além da nossa maneira de ver o mundo, também existe a maneira de ver o mundo de outras pessoas, e isso, nós aprendemos com o tempo que se chama respeito.
Nos criou sob muito carinho e amor, sentimentos que lhe eram próprios. O maior ensinamento que ele nos deixou foi a tolerância, pois toda hora nos mostrava que o ser humano deve amar e aceitar uns aos outros, apesar do que somos, pois só com as diferenças que conseguiremos mudar o sentido de nossa existência.
É bíblico: devemos perdoar setenta vezes sete, o sete na bíblia significa infinitude, e ele era um praticante do perdão, por causa da sua generosidade e de profunda compreensão da alma humana e toda complexidade da existência. Alegria era seu nome, nunca vamos esquecer que até nas horas tristes ele assobiava, ou seja, cantava para a alma dele e para a nossa também.
Agora, papai, quero lhe fazer um pedido, transforme a sua forma de cantar em oração e peça a Deus que com todo o seu poder venha nos consolar aqui na Terra, pois a vida ficou um pouco mais dura.
Entretanto, será apoiado na força e na firmeza que lhe eram peculiares que superaremos a sua ausência e guardaremos para sempre em nossas mentes e corações os seus valiosos ensinamentos que ficarão marcados para o resto de nossas vidas. E certamente nos reencontraremos um dia, pois o AMOR, aquele mesmo que o senhor passou a vida nos ensinando a praticar, que nos sustentará e nos levará até o senhor.
Quero deixar para minha mãe meus irmãos, minha esposa e meus filhos uma pergunta. Como pode uma pessoa errar tanto e ser tão amada? E por que não fomos capazes de ajudá-lo a ter uma vida melhor, mais sóbria. Dessa forma, temos que rever o nosso papel enquanto seres humanos...

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